Habib El Masri - Um pouco de nossos artistas - XLV

Hoje  iremos conhecer um pouco mais do incrível derbackista Habib el Masri.

1 -  Como você começou? Na percussão ou em outra modalidade de música ou atividade?

Comecei meus estudos musicais com 13 anos de idade com violão clássico,

estudei 5 anos consecutivos de musica clássica, no ano de 1995 comecei a me

interessar a aprender o derbak, minha maior inspiração foi de um musico do Líbano que eu o via tocar em um grupo musical sempre para a bailarina Howaida al hachem

o nome desse musico é Joseph el khoury e considero um dos maiores derbakistas

de todos os tempos.

2 - Quais foram as suas maiores dificuldades no início, sejam em aprender um determinado instrumento, financeiras ou quais?
Minha maior dificuldade nos estudos de musica realmente foi a falta de tempo

suficiente para eu estudar, pois já aos 14 anos eu trabalhava em um escritório

com meu pai, essa foi minha maior dificuldade.

 

3 - Você teve alguém em especial pra se inspirar nos tempos de aprendizado? Quem foi?
No violão sem duvidas foi meu tio Milton D'agostino e no derbak o

extraordinário derbakista libanês joseph el khoury

4 - Quando foi o seu momento "É AGORA!" de dar voos mais altos na profissão?
 O grande momento para mim foi quando deixei de ouvir algumas criticas de

pessoas que nem ao menos estudaram ou sabem o que dizem e resolvi mostrar

meu trabalho seja ele através de aulas, workshops ou shows.

5 - Atualmente o que te realiza mais no seu trabalho?
O que mais me realiza em meu trabalho é a gratificação de eu poder passar

adiante meu aprendizado de uma forma correta e objetiva aos alunos.

 

6 - Qual o seu maior sonho pessoal e o maior sonho profissional?
Meu maior sonho pessoal é conhecer o egito e profissional é tocar para grandes

talentos do mundo árabe.

7 - Quais os seus projetos pra um futuro a curto, médio e longo prazo?
Meus projetos são de continuar meu trabalho, continuar estudando musica até

alcançar um grau de perfeito domínio no instrumento e fazer shows internacionais já estão me cogitando para algum show na argentina, já é um começo.

8 - Faz parte de seus planos partir pra mostrar seu trabalho no exterior, como muitos profissionais brasileiros fazem?
Com certeza, faz parte dos meus planos realizar shows pelo exterior.

9 - Como você vê esse clima competitivo, que muitas vezes parece uma verdadeira "batalha campal" pela colocação no mercado e como você procura se manter distante de tudo isso?
O Brasil é uma industria de talentos, tudo o que o brasileiro se propõe a fazer

o faz melhor, essa é a realidade, vejo todos os profissionais de dança, musica aqui

do Brasil com muito talento e por isso temos tantas bailarinas de tanta eficiência

aqui, fico muito triste quando um grande talento gera um clima de competividade

desrespeitando o trabalho alheio, ao invés disso poderiam se unir e compartilhar

seu trabalho e não competir ou querer se achar mais que os outros, eu em particular

procuro olhar o meu trabalho e não ouvir os outros, tenho fontes o suficiente para

me orientar e são de fontes altamente qualificadas para isso, não vai ser qualquer

um que queira criticar ou sugerir algo que vou aceitar e isso deveria ocorrer com

as profissionais da dança do ventre também.

 

10 - Como você interpreta tanto como artista quanto como espectador, os padrões ditados como regra no mercado? Ajuda ou é apenas um agente dificultador a mais?
A palavra regra muitas vezes assusta as bailarinas e alunas, acho sim que tem

de haver certas regras em um evento ou algo similar, mas se levarmos a risca todas as regras impostas fica difícil deixarmos transparecer o nosso talento, por ex; se uma bailarina vai realizar um show e dançar naquela técnica imposta por determinada professora, certamente vai ser um show muito técnico, tem que haver o livre arbítrio do profissional mostrar seu talento com alma e não somente com a técnica, os professores (as) deveriam de deixar bem mais claro a importância de se dançar com a alma, isso serve para tudo o que fazemos.

 

11 - Se você pudesse mudar alguma coisa no mundo da Música e das artes em geral, qualquer coisa, o q seria e por quê?
Se eu pudesse eu abriria mais canais de divulgação e oportunidades a arte,

acho que falta muito ainda lugares para podermos mostrar nosso trabalho.

12 -Como é o Habib pessoa e o Habib musico/professor?
 Eu como pessoa sou tranquilo, gosto de coisas positivas, para mim não pode

haver tempo ruim, tudo tem que ser levado com positividade, como professor sou

extremamente exigente, sou bem rígido nas minhas aulas e quero que o aluno

aprenda de uma forma correta.

 

13 -O que é mais difícil ser musico ou ser professor?
 Acredito que ser professor é mais difícil pois estamos lidando diretamente com

as dificuldades que o aluno vai encontrar e temos de ter muita paciência para entender que cada aluno tem dificuldades diferentes um do outro, o professor por muitas vezes acaba até servindo como um psicólogo, porque entramos no mundo do aluno para detectar quais são suas maiores dificuldades e como devemos trata-las para que assim tenham um bom desempenho nos estudos.

 

14 - Como você vê as mulheres tocando Derback?
Fico muito feliz de ver que cada vez mais as mulheres estão querendo aprender

a tocar o derbak, isso ajuda e muito a conhecer os ritmos e como fazê-los.

15 - Porque é tão importante entender os ritmos musicais para dançar?
Muito importante o conhecimento dos ritmos musicais, imagina só tocando um

ritmo de baladisaíd sobre o baladi, nossa, seria um horror.Então tendo o conhecimento isso jamais ocorreria, até mesmo para tornar uma linguagem mais fácil, se eu for me apresentar em algum lugar, basta a bailarina dizer o nome do ritmo que ela quer dançar para eu fazê-lo, ta ai a importância de ter o conhecimento dos ritmos.

 

16 -Deixe uma mensagem pra todos que estão começando um empreendimento, para aqueles que estão perseverando no seu sonho e pra aqueles que já alcançaram o seu objetivo e querem melhorar.
 Para quem está iniciando seu estudos agora, seja na dança, musica etc...

que o façam com alma, e para quem já é professor (a) que continuem

estudando porque a musica não tem fim assim como a dança também,sempre temos algo a aprender e jamais podemos dizer que sabemos tudo, pois a arte é infinita, muito obrigado

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