Julli- Um pouco mais de nossos artistas (XXV)


Olá amigas da Máfia da Dança do Ventre, é um prazer participar desta entrevista e contar um pouquinho da minha história.

1)A quanto tempo você dança? Quem foram/foi suas professoras?


Eu danço desde 2001, comecei fazendo aulas em 1999 com a Simone Galassi (que antes de ser uma super estilista era uma super bailarina e professora). No ano de 2000 ela acabou mudando de cidade e eu conheci a Khan El khalili, fiz a minha primeira aula com a Lulu Sabongi e fiquei completamente apaixonada, com quatro meses de aula já fui para um grupo avançado, em 2001 passei na pré-seleção da Khan El khalili, ano que comecei a dançar e a trabalhar como assistente nas aulas. Nesse meio tempo também fiz aulas com as professoras, Soraia Zaied, Jade El Jabel ... além dos workshops que fiz e continuo fazendo dentro e fora do Brasil.

2)O que te levou a escolher isso?


Desde pequena nas aulas de jazz, a dança sempre foi uma grande forma de expressão e a atração pela dança do ventre é quase inexplicável, eu simplesmente via a bailarina na TV (o que era raro na minha época de criança) e pensava é isso, eu quero ser isso !!!

3)Como bailarina, como você vê a dança no Brasil?


Eu acredito que o mercado é amplo, infelizmente a cultura não é tão valorizada e viver de arte parece ser difícil, mas confesso que tudo é possível quando você ama o que faz.

4)Você tem outra profissão alem da dança?Qual?


Eu sou formada em Educação Física, mas nunca atuei. A dança sempre me trouxe tudo que quis e que precisava. No inicio deste ano parei com as aulas (temporariamente), o que me rendeu muito tempo de sobra e me fez descobrir um novo talento relacionado à Moda, que esta sendo trabalhado e desenvolvido e que espero ter como atividade paralela assim que possível.

5)Como você vê esse aumento nas apresentações masculinas?
 Fico feliz com o crescimento da dança masculina folclórica, eu vejo grande esforço por parte dos meninos, são super estudiosos e melhoram a cada show. Agora apresentações de homens dançando a dança do ventre tradicional, eu não tenho visto muita coisa, sempre achei que músculos e feminilidade não combinavam, mas neste ano estive no Líbano e tive a oportunidade de assistir uma apresentação de um bailarino, que abria o show de uma bailarina, foi perfeito, e pude constatar que talento (no caso da dança do ventre) não tem sexo.
 A Julli bailarina por vezes quer tomar a frente da Julli pessoa, colocando a arte o trabalho, a busca da perfeição sempre em primeiro lugar, mas eu tenho aprendido a deixar a Julli pessoa, que é mais relax e bem mais despreocupada em atingir a perfeição dominar a situação, mas é engraçado entrar em um personagem!



7)Falando um pouco de você,qual sua comida preferida,time de futebol,um filme,uma musica,um momento marcante,um sonho realizado,um sonho a ser realizado.


Bom, eu como de tudo, acredite... tudo, mas em especial adoro feijoada. Sou corinthiana sócia e frequentadora. Um filme, Cidade dos Anjos. Uma música, Smile. Um momento marcante, quando eu pisei pela primeira vez em um palco árabe em Dubai, ainda estávamos montando o show e eu estava de roupa normal, só estavam a banda o gerente e os garçons no final do expediente, ainda assim  foi emocionante. Um sonho realizado, acho que todas as vezes que eu me arrumo pra dançar, um sonho a realizar ... Sucesso em meus novos projetos!


8)O que você acha de selos e padrões?O que eles influem realmente?


Acredito que são ótimos parâmetros para se ter um retorno do seu estudo, do seu trabalho. A partir daí cabe a cada uma o que fazer com os resultados, se eles forem direcionados da forma correta, a evolução e o crescimento da bailarina poderão lhe render grandes frutos.

9)O que pra vc tem de pior no mundo da dança?E o tem de melhor?


De pior, acho que é a falta de comprometimento de algumas bailarinas, que cobram caches muito baixos e às vezes com pouco tempo de aula já começam a dar aulas também. De melhor, a liberdade e a flexibilidade de horários.

10)Já teve momentos em que você quis desistir de tudo?E o que fazer nessa hora?


É a chamada crise da bailarina, quando agente quer vender todas as roupas, cortar os cabelos e virar advogada, rs! Acredito que todas passamos por isso, é até normal, já que sofremos uma grande pressão, temos que ser mulheres perfeitas, cabelo, maquiagem, roupas, strass, música perfeita, expressão perfeita, entrada perfeita, finalização perfeita, rs! Acredito que nesse momento, é legal dar um tempo para respirar e depois voltar estudando um estilo novo, por exemplo, algo que possa acrescentar e motivá-la novamente.

11)Como vc define seu estilo?O que vc tem de melhor, seu ponto forte!
Eu adoro coisas diferentes, eu amo a dança tradicional, saia godê, música clássica, mas eu gosto muito do moderno, das misturas de estilos, eu amo folclore.

13)Que conselho você daria a quem está começando agora?
Vários, rs! Primeiro, se esse é o objetivo, viver da dança, estude muito, muito mesmo. Vídeos, aulas, workshops, busque o feedback dos padrões se possível, estude. Segundo, se a bailarina tiver a chance de trabalhar fora do Brasil, vá, é um mercado maravilhoso e proporciona um crescimento profissional e pessoal muito grande, além de ser muito bem remunerado. Terceiro, tenha um plano B, mesmo vivendo da dança é importante ter uma atividadeok!!!

Obrigada, super beijo!
Julli.


Você pode vê - la,em vários vídeos da Lulu Sabongi!!!




Juli - Khan El Khalili - 01/05/2010



Apresentação da bailarina Juli nas Noites no Harém, na casa de chá egípcia Khan el Khalili em SP, dia 21.03.2010


Bônus tão esperado, Khan el Khalili - parte 2 - Dançarina: Juli



E essa foi nossa entrevista com Julli. Espero que tenham gostado e aprendido um pouco mais...
Ps...Até que enfim uma bailarina Corinthiana...Timão EOOOOOOOO....

Comentários

Cleo!!!! disse…
ess mulher é uma Deusa...
amei...lindissimaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!
Julli,adoro vc!!!
Vc é muito linda e meiga,Parabens!!!