Esse conto é para os meus "zumigos" do nosso grupo de zumbis, espero que vocês gostem... Beijos...
...No horizonte o primeiro raio de sol ilumina o céu...
Então... Eu, logo eu, que sabia tudo sobre zumbis... que ia a marcha dos zumbis, participava de grupo, adorava ver filmes, que torcia pelo apocalipse zumbi... que ironia!
Sentada em cima dessa arvore, admiro o nascer do sol, refletindo sobre tudo que aconteceu nessa semana... que mais parece anos! Como a vida da gente muda de um segundo para o outro, como tudo aquilo que você acreditava não passa de sonho, e tudo aquilo que você amava deixa de existir. Como você faz coisas que nem em seus maiores devaneios ousara pensar em fazer... Pois é, Morrer é fácil a vida é mais difícil... e bota difícil nisso, principalmente agora.!
Hoje faz uma semana que o nundo deixou de ser mundo, passou a ser uma terra tomada por mortos em decomposição, que não pensam em nada, não tem sentimentos, são meras maquinas de comer e matar. É incrível a velocidade que tudo mudou, num instante dava em todos os noticiários que os mortos estavam levando de suas tumbas, avisos pedindo para as pessoas não saírem de suas casas, que tudo estava perdido... foi a ultima fala que ouvi na TV, tudo está perdido, que Deus tenha piedade de nossas almas...
Não sei o que senti no momento que ouvi isso, por um instante, todos os planos que fizemos em debates com amigos que gostavam do gênero pareceu uma piada... Mas não era, e era preciso por em pratica tudo aquilo que já foi debatido, lido, assistido. Mas não é fácil falta coragem... alias nesse momento a gente realmente não sabe o que fazer, não sabe nem o que pensar... até que a desgraça bate a sua porta, e você é obrigado a agir, ou se entregar...
Vendo que a minha rua estava completamente dominada por walkers, juntei a pouca coragem que eu tinha, coloquei a minha família no carro, meu filho, meu marido e Boomer nosso cão. E saímos .. claro que no meio do caminho passamos por cima de uns dez mortos-vivos que até ontem desejávamos bom dia. Mas uma coisa eu tinha em mente, precisávamos conseguir o maior numero de armas que pudéssemos pois lá na frente isso seria crucial, ia fazer a diferença entre viver ou morrer, ou pior, se tornar um deles... então partimos para o posto policial da cidade, foi muito fácil, fácil até demais... Paramos o carro bem na porta de entrada, que estava aberta, um silencio mortal rondava o lugar... deixamos o carro ligado, e entramos no posto. Estava deserto, com sinais que os que estavam ali saíram correndo... pegamos todas as armas e munições que podíamos carregar e fomos colocando no carro, tudo muito fácil muito tranquilo .. mas nada dura pra sempre.
E foi então, que quando estávamos retornando para o carro apareceu vindo sabe Deus de onde, 2 zumbis, deformados, mordidos, ensanguentados, um deles não tinha um braço ( provavelmente havia sido devorado por outros), mas o que não me sai da memoria é o cheiro... Deus que fedor é aquele, como em tão pouco tempo eles podem cheirar tão mal?
Automaticamente meu marido atirou no primeiro mas errou, ele tremia tanto que duvido que ele acertaria alguma coisa, e ai ele atirou outra vez, e outra, tudo aquilo passava em câmera lenta na minha frente... meu, eu vi isso um zilhão de vezes na TV, mas ali ao vivo eu não tinha reação... os dois estavam cada vez mais perto, e o que fazer? Peguei o machado que trazia comigo e sem nem pensar, golpeei a cabeça do zumbi sem braço, ela se partiu ao meio, voando gosmas para todo lado... Meu, não sei descrever o que eu senti nesse momento, e dentro daquela adrenalina parti pra cima do outro decepando-lhe a cabela, que rolou para lado e ainda sim os olhos se reviravam nas orbitas... fui lá e acabei com essa agonia...
Meu marido estava em choque, ele que nunca nem via filmes de zumbis não sabia mesmo o que fazer. Tive que gritar com ele para ele olhar pra mim: - Vai dar tudo certo, mas precisamos ir embora... ! Por um instante ele me olhou e naquele momento eu soube que ele não ia conseguir viver assim...
Mas mesmo assim, seguimos em frente. Minha ideia sempre foi uma prisão, sim eu sei que é clichê mas eu acreditava ser o melhor lugar para se proteger do mundo exterior, um lugar grande, cercado por muros altos, ao meu ver é o melhor lugar para se viver, ou melhor sobreviver... então partimos em direção a prisão de Capital City, que seria a mais próxima e maior.
Eu não sei o que aconteceu, em um momento íamos pela pista sem nenhum carro, nem uma pessoa viva ou morta... e de repente não sei vindo de onde, uma horda imensa apareceu na nossa frente, ainda tentamos passar por eles, acelerando, mas a meleca começou a ficar imensa, o carro começou a derrapar, e nos instante seguinte o carro estava saindo da estrada, com vários zumbis pendurados nele...Então o carro parou, e por um instante estava tudo parado, mas então os grunhidos começaram a ficar mais altos, Boomer latia sem parar, Timmy meu filho chorava sem parar, uma mistura de sons que não deixa a gente pensar, foi quando Ben abriu a a porta e saiu atirando para todos os lados, e gritando dirige e saia daqui... vai... e eu fui, só pude ver pelo retrovisor do carro que pulava sem parar por estar andando pelo mato sem estrada, a ultima imagem de Ben vivo...
Por varias horas não consegui pensar em nada, nem senti nada, era um vazio que parecia não ter fim, não lembrava de bons nem de maus momentos, nada... era só o vazio. Então olhei para trás e Timmy estava deitado como se estivesse dormindo, então senti que tinha algo de errado, parei o carro.
Me virei para trás e então notei que Boomer não estava no carro, nem sei que horas ele saiu, deve ter sido junto com Ben... Ben... Coloquei minha mão no rostinho do meu filho, ele estava quente, muito quente, meu coração doeu, e muito... então vi a mordida no braço dele... ai me lembrei na hora que Ben saiu do carro, Timmy colocou a mão para fora e ficou fazendo tchau para o pai... me lembro do grunhido, e do Timmy gritando ai... e do Ben atirando...
Eu sabia, sabia que era o fim, sabia que não tinha chances... mas esperei a transformação acontecer... Doeu... Doeu muito... mas... foi o certo a fazer... meu coração chorou, minha alma chorou... naquele momento eu morri por dentro... vaguei por 5 dias sem rumo, comendo quando a fome doía marando todos os zumbis que eu podia... até o carro parar de funcionar...
Então é isso, estou sentada sozinha em uma arvore vendo um lindo amanhecer, pensando em tudo que perdi nessa semana e segurando uma arma com uma única bala, pensando em o que fazer... ou não fazer...pensando em viver ou morrer...
...No horizonte o primeiro raio de sol ilumina o céu...
Então... Eu, logo eu, que sabia tudo sobre zumbis... que ia a marcha dos zumbis, participava de grupo, adorava ver filmes, que torcia pelo apocalipse zumbi... que ironia!
Sentada em cima dessa arvore, admiro o nascer do sol, refletindo sobre tudo que aconteceu nessa semana... que mais parece anos! Como a vida da gente muda de um segundo para o outro, como tudo aquilo que você acreditava não passa de sonho, e tudo aquilo que você amava deixa de existir. Como você faz coisas que nem em seus maiores devaneios ousara pensar em fazer... Pois é, Morrer é fácil a vida é mais difícil... e bota difícil nisso, principalmente agora.!
Hoje faz uma semana que o nundo deixou de ser mundo, passou a ser uma terra tomada por mortos em decomposição, que não pensam em nada, não tem sentimentos, são meras maquinas de comer e matar. É incrível a velocidade que tudo mudou, num instante dava em todos os noticiários que os mortos estavam levando de suas tumbas, avisos pedindo para as pessoas não saírem de suas casas, que tudo estava perdido... foi a ultima fala que ouvi na TV, tudo está perdido, que Deus tenha piedade de nossas almas...
Não sei o que senti no momento que ouvi isso, por um instante, todos os planos que fizemos em debates com amigos que gostavam do gênero pareceu uma piada... Mas não era, e era preciso por em pratica tudo aquilo que já foi debatido, lido, assistido. Mas não é fácil falta coragem... alias nesse momento a gente realmente não sabe o que fazer, não sabe nem o que pensar... até que a desgraça bate a sua porta, e você é obrigado a agir, ou se entregar...
Vendo que a minha rua estava completamente dominada por walkers, juntei a pouca coragem que eu tinha, coloquei a minha família no carro, meu filho, meu marido e Boomer nosso cão. E saímos .. claro que no meio do caminho passamos por cima de uns dez mortos-vivos que até ontem desejávamos bom dia. Mas uma coisa eu tinha em mente, precisávamos conseguir o maior numero de armas que pudéssemos pois lá na frente isso seria crucial, ia fazer a diferença entre viver ou morrer, ou pior, se tornar um deles... então partimos para o posto policial da cidade, foi muito fácil, fácil até demais... Paramos o carro bem na porta de entrada, que estava aberta, um silencio mortal rondava o lugar... deixamos o carro ligado, e entramos no posto. Estava deserto, com sinais que os que estavam ali saíram correndo... pegamos todas as armas e munições que podíamos carregar e fomos colocando no carro, tudo muito fácil muito tranquilo .. mas nada dura pra sempre.
E foi então, que quando estávamos retornando para o carro apareceu vindo sabe Deus de onde, 2 zumbis, deformados, mordidos, ensanguentados, um deles não tinha um braço ( provavelmente havia sido devorado por outros), mas o que não me sai da memoria é o cheiro... Deus que fedor é aquele, como em tão pouco tempo eles podem cheirar tão mal?
Automaticamente meu marido atirou no primeiro mas errou, ele tremia tanto que duvido que ele acertaria alguma coisa, e ai ele atirou outra vez, e outra, tudo aquilo passava em câmera lenta na minha frente... meu, eu vi isso um zilhão de vezes na TV, mas ali ao vivo eu não tinha reação... os dois estavam cada vez mais perto, e o que fazer? Peguei o machado que trazia comigo e sem nem pensar, golpeei a cabeça do zumbi sem braço, ela se partiu ao meio, voando gosmas para todo lado... Meu, não sei descrever o que eu senti nesse momento, e dentro daquela adrenalina parti pra cima do outro decepando-lhe a cabela, que rolou para lado e ainda sim os olhos se reviravam nas orbitas... fui lá e acabei com essa agonia...
Meu marido estava em choque, ele que nunca nem via filmes de zumbis não sabia mesmo o que fazer. Tive que gritar com ele para ele olhar pra mim: - Vai dar tudo certo, mas precisamos ir embora... ! Por um instante ele me olhou e naquele momento eu soube que ele não ia conseguir viver assim...
Mas mesmo assim, seguimos em frente. Minha ideia sempre foi uma prisão, sim eu sei que é clichê mas eu acreditava ser o melhor lugar para se proteger do mundo exterior, um lugar grande, cercado por muros altos, ao meu ver é o melhor lugar para se viver, ou melhor sobreviver... então partimos em direção a prisão de Capital City, que seria a mais próxima e maior.
Eu não sei o que aconteceu, em um momento íamos pela pista sem nenhum carro, nem uma pessoa viva ou morta... e de repente não sei vindo de onde, uma horda imensa apareceu na nossa frente, ainda tentamos passar por eles, acelerando, mas a meleca começou a ficar imensa, o carro começou a derrapar, e nos instante seguinte o carro estava saindo da estrada, com vários zumbis pendurados nele...Então o carro parou, e por um instante estava tudo parado, mas então os grunhidos começaram a ficar mais altos, Boomer latia sem parar, Timmy meu filho chorava sem parar, uma mistura de sons que não deixa a gente pensar, foi quando Ben abriu a a porta e saiu atirando para todos os lados, e gritando dirige e saia daqui... vai... e eu fui, só pude ver pelo retrovisor do carro que pulava sem parar por estar andando pelo mato sem estrada, a ultima imagem de Ben vivo...
Por varias horas não consegui pensar em nada, nem senti nada, era um vazio que parecia não ter fim, não lembrava de bons nem de maus momentos, nada... era só o vazio. Então olhei para trás e Timmy estava deitado como se estivesse dormindo, então senti que tinha algo de errado, parei o carro.
Me virei para trás e então notei que Boomer não estava no carro, nem sei que horas ele saiu, deve ter sido junto com Ben... Ben... Coloquei minha mão no rostinho do meu filho, ele estava quente, muito quente, meu coração doeu, e muito... então vi a mordida no braço dele... ai me lembrei na hora que Ben saiu do carro, Timmy colocou a mão para fora e ficou fazendo tchau para o pai... me lembro do grunhido, e do Timmy gritando ai... e do Ben atirando...
Eu sabia, sabia que era o fim, sabia que não tinha chances... mas esperei a transformação acontecer... Doeu... Doeu muito... mas... foi o certo a fazer... meu coração chorou, minha alma chorou... naquele momento eu morri por dentro... vaguei por 5 dias sem rumo, comendo quando a fome doía marando todos os zumbis que eu podia... até o carro parar de funcionar...
Então é isso, estou sentada sozinha em uma arvore vendo um lindo amanhecer, pensando em tudo que perdi nessa semana e segurando uma arma com uma única bala, pensando em o que fazer... ou não fazer...pensando em viver ou morrer...
Comentários
Boomer! Genial. Você tirou esse nome do jogo left 4 dead?
Legal essa analogia que você faz sobre a ficção e a realidade. Mesmo aqui, conversando, debatendo,
dizendo como seria legal... na hora... iriamos gelar e tudo o que aprendemos ai iria para o caralho. xD
Nota: Você tem de estar no meu grupo, essa do machado ai foi foda. xD
Nossa, que final triste... e foda.
Adorei.
Esse drama de escolher se vive ou se morre. Se mata ou se deixa morrer e o que me atrai nas histórias apocalípticas.
Parabéns. Continue a escrever e logo vamos trocar livros autografados \0
obs: acho que vou compras alguns facões e um escopeta só por precaução ...kkkk
obs: acho que vou comprar alguns facões e um escopeta só de precaução,nunca se sabe kkkkk.