UM POUCO MAIS DE NOSSOS ARTISTAS - Artigo Único.

Vocês podem estar se perguntando "Porquê será que a Haiyat não deu o nr. XXVIII a este artigo de entrevista?". Dúvida bastante pertinente e responderei com satisfação.

Essa entevista se tornou especial pra mim por vários motivos, um deles vocês verão ao final do artigo, e também porque me senti especialmente tocada pela sensibilidade e espírito elevado do meu entrevistado de hoje.

Todas as minhas entrevistas foram maravilhosas e meus entrevistados são pessoas a quem admiro muito e devoto minhas mais respeitáveis reverências, mas essa pessoa incrível não mais será um entrevistado a quem tive a honra e o privilégio de conhecer melhor: ele é uma pessoa que me cativou com sua inteligência sem ostentação, e que com isso conquistou minha mais profunda admiração, e tenho certeza que a leveza dessa pessoa maravilhosa, bem como seu talento e trabalho duro e obstinado também conquistará todos vocês.

É com muita alegria e orgulho que aprensento a todos vocês, ALEJANDRO GONZALÉZ e AG - PERCUSIÓN!!!


1º Bloco - SEU INÍCIO
1.1) Uma perguntinha q já deve estar batida, mas é inevitável, rsrs. Como você começou? Na percussão ou em outra modalidade de música ou atividade?


Bom, comecei dançando...  Rs...  Para entender um pouco minha trajetória, precisamente minha avó (que vive no interior de SP (Birigüi/Bragança Paulista), 92 anos) foi a filha mais nova de uma família de imigrantes espanhóis oriundos de Almería, e ela, é a guardiã das recordações e objetos trazidos da terra natal.  Objetos do cotidiano (bíblia, cartas, chale de minha bisavó, fotos e etc.), bem como, discos antigos do Casino de Sevilla e etc....  Apesar de ser brasileiro e carioca da gema, sempre, desde muito pequeno, me senti muito atraído pela cultura ascendente e sua manifestação artística muito forte que é a música, em especial a arte flamenca.  O tempo foi passando e vivi uma infância e adolescência normal, mas sempre com este sentimento muito forte, e que até se diferenciava um pouco dos demais familiares...
Após concluir a faculdade e estar trabalhando, sendo independente financeiramente, aos 21 anos (1995), resolvi estudar a dança flamenca.
Originalmente a percussão flamenca é feita com pés (sapateado) e mãos (palmas, muito marcante e traço característico do flamenco), havia pouco material disponível e sem internet...  Fui ao show do Paco (de Lucía) no
Canecão/RJ e pude ver além do baile de Juaquím Grillo, o Cajón sendo tocado pelo brasileiro Rubem Dantas...  Pude comprovar a evolução e a modernidade que o flamenco sofria nos últimos 20 anos (década de 70 prá cá) com elementos de Jazz e a singular presença do instrumento Cajón, o que me atraiu muito...


2.1) Quais foram as suas maiores dificuldades no início, sejam de aprender um determinado instrumento, financeiras ou quais?

Do baile flamenco para a música...  Na época, participei de um festival Tápias (dançando), com Rodrigo García e Diego Zarcón, e na música Allan Harbas (meu cumpadre) e Tiza Harbas e garantimos o primeiro lugar na modalidade dança/música estrangeira.  Fui conhecendo cada vez mais músicos e percebendo que, em especial no flamenco, o "meio musical" é totalmente
diferente de outras manifestações, é muito fraternal, existe muita amizade e companheirismo (coisa que não se vê por aí...).  Este contato com os músicos me incentivou a participar deste grupo de pessoas que conhecia e aprendia a admirar.  Na ocasião a Tiza me falou:  "Ale, por quê não toca Cajón?"...
Saí à "cata" do tal instrumento, e o único que encontrei não tive vontade de comprar e pensei: Posso fazer um melhor!  E comecei fazendo, experimentando, aperfeiçoando, hoje já estamos quase chegando à marca de 1000 instrumentos...  Dificuldade sempre existe, e existe para todos, mais a minha principal dificuldade sempre foi a falta de referências...  Porém se converge no principal traço de minha personalidade: o autodidatismo, levando até ao pioneirismo em muitos casos...  Continuando...  A dança foi ficando de lado (por isso me considero um "bailaor" frustrado e dando lugar ao "cajonista" e futuro fabricante)...



3.1) Você teve alguém em especial pra se inspirar nos tempos de aprendizado? Quem foi?

Como disse, infelizmente, não tenho uma figura com o título de especial, mas tenho todas as pessoas do cotidiano de minha trajetória como, mesmo que de maneira anônima, formadoras e inspiradoras para o que eu tento ser hoje.
Meu aprendizado só acabará quando não mais existir e, a cada dia, aprendi e aprendo com essas pessoas do cotidiano que acabamos por admirar e extrair o que há de melhor.  Aprendi com alguns professores de colégio, com alguns da faculdade, com alguns comandantes que tive durante os oito anos que fui Oficial do Exército Brasileiro...  Aprendo com um simples balconista de uma loja, ou o mecânico do carro, ou um sapateiro...  Enfim, qualquer um, desde que efetuem seu trabalho com AMOR e VERDADE.  E a reboque, aprendemos com os nossos erros e dos outros também...


4.1) Quando foi o seu momento "É AGORA!" de dar vôos mais altos na profissão?

O momento "é agora!" se faz todo dia.  Nem sempre conseguimos...  Mas, esperar...  Acho que não é o prudente, pode ser decepcionante...  O melhor é viver o "é agora!" a todo instante, todo dia!  E tentar fazer o melhor a cada dia!  E para quem tem múltiplas profissões que é o meu caso, a COORDENAÇÃO é a palavra chave.

2º Bloco - SEU MOMENTO ATUAL
1.2) Dando uma navegada pelo site da AG (ZYRIAB), observei que vcs tem uma diversidade bem grande de produtos, mais especificamente em percussão. Tanto como profissional como quanto pessoa que corre atrás de seus objetivos, como é seu processo de criação?

Pela falta das referências, o processo de criação é muito penoso e desumano, mas acredito que quando avançamos mais uma hora, mais um minuto, mais um momento além daquele que consideramos que não dá mais; quando é o fim (para muitos); quando não se têm mais respostas, quando a exaustão se faz dolorosamente presente...  É aí que meu trabalho começa.  Resultado: Muita inspiração e vontade, porém muita transpiração...
Lógico que não se aplica a todos, e óbvio que nem todos conseguem...  Mas a bailarina ou professora de dança que se destaca é aquela que começa a trabalhar depois da última aula...


2.2) Como vc sente a reação dos seus clientes em especial?
É um dos melhores sabores e é, com certeza, maior que o dinheiro.  Principalmente quando a pessoa opta por um dos nossos instrumentos pelo quê exatamente propomos: linguagem, arte e qualidade.

3.2) Eu te conheci através de um amigo em comum, meu professor Vitor Cazé, e também pude observar que vcs estão sempre em busca de novidades e melhorias nos produtos, ou seja, trabalho "pacas", graças a Deus. Quando sobra tempo pro Alejandro e o que ele gosta de fazer nessas horas vagas?
Rs, RS, RS ...  O que eu mais gosto de fazer é trabalhar, trabalho 16 horas por dia.  E acabo trabalhando nas horas vagas também.  Porém há três anos algo que tenho feito que é maior que tudo e maior que todos: minha filha Ravenna e estar com ela...  Isso não tem preço.




4.2) Vcs tem uma linha de derbakes de fabricação nacional. Fale um pouco sobre. Como nasceu a Linha de Derbakes ZYRIAB?

Derbakes, realmente produzimos, como observado no perfil do Orkut (Zyriab/AG) algumas imagens da produção das tablas.  Nem em terras natais de tais intrumentos publicaram imagens da produção dos mesmos.  Fabricamos e não só "customizamos", ou adornamos.  Acreditamos que fabricar vai além de pintar ou decorá-lo.  Vamos desde a escolha da liga até a embalagem para o consumidor, produção real.  Contudo, não sou derbakista profissional, mas conheço-o bem e sou bem acessorado.  Em 2002, marchetei um derbake para o amigo Vítor.  Um trabalho lento pela falta de conhecimento, mas a lentidão do trabalho se deu pela quantidade de "namoro" que tive com o instrumento, RS RS RS ...  A partir daí veio o desafio: Será que sou capaz de produzir?  E comecei minhas pesquisas.  Investi uma boa quantia de dinheiro tentando reproduzir com os padrões das principais marcas estrangeiras e pude chegar a conclusões muito contundentes, afinal aprendemos muito com os erros, e percebi que o início, a tentativa de reproduzi-los é válido, mas e aí?


Parênteses: Fala-se muito sobre padrões árabes.  Erro!  O padrão árabe é o padrão da música árabe que é universal.  Quando alguém fala de "padrões árabes" ele deve se corrigir urgentemente para "padrões de uma marca, ou de uma indústria x, y ou z".  O derbake dito contemporâneo ("metal e acetato") é uma releitura do padrão tradicional de cerâmica (já começa por aí).  Dos anos 70 para cá, tivemos expoentes indústrias como a Ikha-diab, Alexandria e Al Fan.  Que tiveram tiragens nas medidas 8 ¾, 8 5/8, 8 ½, ou seja, não importa a diferença entre as medidas, o que importa é o tal som almejado (mais um ponto)...  Falamos sobre indústria, falaremos agora sobre luthier...  O Kevork (Líbano ou Síria (não me recordo)) por exemplo, tem medidas menores em até 7"(sete polegadas), com quatro parafusos, corpo menor e etc...  E quem é louco de
sugerir que algumas tablas do Kevork não são padrão árabe???  Pedro Françolin (endorser Zyriab) disse que tem um amigo radicado no Líbano (profissional da música) que o relatou que existem luthiers que fazem derbakes com medidas ditas não usuais, com pesos e materiais que o mercado ocidental não conhece...  E qual o insano que dirá que os "velhinhos luthiers" produtores e pesquisadores da tabla não produzem "padrões árabes" não são "legítimas"???...  Aí está o nosso foco, e a liberdade conferida pela arte!

O motivo deste adendo foi para corroboração de nossa idéia depois do vazio da tentativa de reproduzir o padrão da indústria "x" por exemplo, em criar a nossa própria linguagem.  Precisávamos de uma tabla que fosse compatível com nossas peles, que a reposição fosse fácil, o preço e a admissibilidade de peles com outros mícrons e de outras marcas fosse admissível, ou seja, medida quadrada 8", de fato, quase 1 cm a menos com relação às medidas das indústrias acima referenciadas...  Então, começamos a construir nossa tabla
definitiva a partir da pele...  Um caminho que não tínhamos feito (um caminho que normalmente não se faz)...  A partir daí fomos proporcionando as medidas e espessuras internas do tambor para se chegar ao tal som original, ao tal som universal...  Ao que os leigos chamam de "padrão árabe" ao invés de chamar "padrão da marca x, y ou z"...
Esta é nossa idéia e a nossa linguagem.  Chegar ao máximo da qualidade do instrumento, máxima fidedignidade do som esperado com ingredientes de profundidade de grave, agudos e médios agudos bem projetados, ponto de equilíbrio, farta reposição de peles pela compatibilidade oferecida com outras peles a Al Fan utiliza na Dohoulla de Madre Pérola uma pele Skin Deep da Remo Americana,com a medida super Ocidental, super quadrada, por quê será? E isso pode ser comparado(o site da Arabinstruments...), facilidade de afinação e aos poucos, menor preço para o consumidor final; mesmo utilizando quase um cm a menos de pele, ou seja 5 mm de cada lado do raio da circunferência...







5.2) Atualmente o que te realiza mais no seu trabalho?

Realiza-me e muito quando o instrumento é reconhecido como um todo (proposta de nossa linguagem e qualidade) por músicos como Bruno Braga, Pedro Françolin, Vítor Cazé, Jaffer, e tantos outros de outros estilos musicais e estudantes que não tive a oportunidade de conhecer...

3º Bloco - PROJEÇÕES DE FUTURO
1.3) Qual o seu maior sonho pessoal e o maior sonho profissional?

Pessoal = VIVER
Profissional = FAZER

2.3) Quais os seus projetos pra um futuro a curto, médio e longo prazo?

Fazer com que nossos produtos cheguem às mãos de cada vez mais pessoas...







3.3) Faz parte de seus planos partir pra mostrar seu trabalho no exterior, como muitos profissionais brasileiros fazem?

Já temos algumas incursões com os outros instrumentos AG, nos EUA, Japão, Itália e França... Tudo muito embrionário.  Com o Derbake Zyriab ainda não tivemos essa oportunidade, apenas informações por e-mail para a Rússia e Grécia (não sei o por quê!).  O derbake ainda é muito barato no Oriente Médio, porém o nosso grande foco é o Brasil e suas dimensões continentais...

4.3) Vc tem planos pra nos brindar com uma novidade, como trazer o projeto DERBAKE PARA TODOS ao Rio de Janeiro, por exemplo?

Novidades é o que nos mais motiva também...  Com relação aos instrumentos médio orientais, temos grandes novidades em análise.
O Projeto Derbake para Todos é de autoria de um grande profissional, o Ruka.  Espero estreitar nossas relações em breve, que ainda não foi possível por questões econômicas.  Mas o Ruka, e não tive oportunidade de conversarmos pessoalmente e profundamente (mas este dia vai chegar!), nos abriu uma oportunidade incrível em seu projeto (DERBAKE PARA TODOS), que teve um valor impagável para a AG/Zyriab, e ainda não pude dá-lo a contrapartida.  Mas não esqueço do que me proporcionam, e gosto e busco ser generoso.




4º Bloco - POLÊMICAS
1.4) Defina ALEJANDRO GONZALÉZ por Alejandro e Vice-Versa.

Putz...  A pergunta mais difícil...  Louco !?!? (RS,RS,RS).  Talvez em meu último sopro de vida, consiga me definir como simplesmente "um homem".

2.4) Como você vê esse clima competitivo, que muitas vezes parece uma verdadeira "batalha campal" pela colocação no mercado e como você procura se manter distante de tudo isso?

Não dá para ficar distante disso tudo!  Utilizo as palavras de Geraldo Moraes em dizer que uma das razões da evolução do mundo é a competição. 
A competição gera as condições de se criar indicadores reais de mensuração da evolução.
A competição gera novas metas, novos paradigmas, novos benchmarkings, novos modelos, novas arquiteturas, novas estratégias.
A história mostra que onde há competição há progresso, evolução, vida, aprendizado e trocas.
A ausência de competição leva a estagnação, a uma desatenção, a uma falsa estabilidade e claro, ao atraso, ao retrocesso, ao egoísmo, a imposição.
Entretanto, quando se fala em competição muitas pessoas reagem como se fosse um mal.
Existem duas razões para isto: o medo ou a ignorância.
Vamos falar primeiro da ignorância.
A maioria das pessoas não conhece o significado da palavra e a origem da competição.
Competir vem do grego e significa "Estar juntos" "Andar juntos". A competição surgiu nas Olimpíadas, na Grécia Antiga. Quando 8 pessoas vão competir em uma corrida de 100 metros rasos elas vão estar juntas, sair juntas. Quando 20 equipes disputam o Campeonato Brasileiro de Futebol eles vão estar juntos, sair juntos e todos em mesma igualdade de condições e regras. Quando 90.000 pessoas resolvem disputar a Maratona de New York, vão estar também, juntas. E ai se o Marílson dos Santos foi o campeão significa que era o mais bem preparado nas duas vitórias consagradoras e assim o fez no menor tempo. Dois momentos eternos em 05/11/2006 e 02/11/2008.
Ele passa a ser um paradigma e estímulo para todos os outros. O que precisa ficar claro a todos nós é que em uma competição você disputa com você mesmo. Seu excesso de peso, sua falta de treinamento, seu despreparo.
O outro não é e nunca será seu adversário. Seu adversário sempre será você mesmo. Quanto melhor for o nível da competição, maior será o nível que tenho que me enquadrar para permanecer na competição. A competição realça as qualidades e o preparo do competidor, a competição realça o competidor, ou sucumbi aquele calcado em idiossincrasias, e mentiras.
Na verdadeira competição, quando ela termina as pessoas ou empresas harmonizam e vão fazer suas reflexões para a próxima etapa.
As pessoas ou empresas que reagem à competição por medo, geralmente são as que não querem perder a sua posição de poder, ou falso poder. Conhecem mais do que ninguém suas incapacidades, suas mentiras e se fecham ao novo, a disputa e a se expor, ou atacam com questionamentos insanos e procuram ludibriar o público subestimando suas inteligências e também a ignorância dos mesmos... Com afirmações e questionamentos despropositados.  Desdizem o que a pouco falaram, apagam comentários em redes de relacionamentos, fóruns
 e etc...
O Brasil ainda é um dos mercados mais fechados do mundo e foi muito mais em passado recente, o que nos deixou no atraso e sem competitividade.  A competitividade em outros países é algo normal e um território minado...
Entra na batalha quem realmente pode entrar...
Ter o outro competidor como adversário que deve ser combatido ou derrotado a qualquer preço não é apenas uma mentalidade primária e atrasada, mas principalmente uma demonstração de fraqueza. Este competidor não tem consciência que sua fraqueza está em seu despreparo.
O comportamento destas empresas ou pessoas é impor e atuar muitas vezes de maneira desonesta. O tempo desbanca esta estratégia suicida.


3.4) Como você interpreta tanto como artista quanto como espectador, os padrões ditados como regra no mercado? Ajuda ou é apenas um agente dificultador a mais?

Para quem tem o que dizer só ajuda!  Cria argumentos, paradigmas...  E quando embasados na verdade e coerência, fica mais suave...  Não é legal quando as pessoas b
atizam padrões, se fecham em copas, criam estórias, folclorizam em excesso (folclorizar o sentido de "saci-pererê", não no sentido dos bens culturais de um povo)...  Se travestem e autoritarismos artísticos e se suicidam sendo, muitas vezes, motivos de chacota...  Isso não é legal.


4.4) Se você pudesse mudar alguma coisa no mundo da Música e das artes em geral, qualquer coisa, o q seria e por quê?

Bom, talvez eu não eu queira mudar nada, pois a vida é feita de sabores doces e amargos, morte e vida, vitórias e fracassos...  Mas eu colocaria não só no mundo da música e das artes, mas a todos, inclusive em mim (RS,RS,RS) cada vez mais luz, mais iluminação, e menos ignorância, menos preconceitos...




PRA ENCERRAR: Deixe uma mensagem pra todos que estão começando um empreendimento (como eu por exemplo, rsrs), para aqueles que estão perseverando no seu sonho e pra aqueles que já alcançaram o seu objetivo e querem melhorar.

Digo isso para mim e para todos: Sigam em frente, perseverem e tenham constância...  Procurem a verdade de suas ações e sejam sinceros principalmente consigo mesmo... 
"Uma garrafa de vinho meio vazia também está meio cheia; mas uma meia mentira não será nunca uma meia verdade." (Jean Cocteau)Busquem a autenticidade e uma linguagem em se fazer as coisas.  Não há em qualquer outro ser em nossa superfície terrestre com a capacidade de fazer ARTE, de ter AMOR, de ter o RACIOCÍNIO (que são as manifestações genuínas de Deus no ser humano), senão o próprio SER HUMANO.  Sejam dignos disso e tenham a certeza de que o sucesso verdadeiro se alcança com trabalho.  Bailarinas!  Vocês podem cada vez mais!
Vocês são lindas, sentimentais e Brasileiras!




NOTA DO BLOG:
Entrevista concedida em: 01º de julho de 2010.  Sra. Hermínia (Avó do Alejo), citada no 1º Bloco da Entrevista, infelizmente faleceu em 10 de julho de 2010 (quinta-feira), sendo sepultada na cidade de Birigüi/SP, cidade esta que residiu desde 1918.


O blog MAFIA DA DANÇA DO VENTRE mui respeitosamente dedica essa entrevista não só ao trabalho de Alejo, mas principalmente a Sra. Hermínia, como uma HOMENAGEM PÓSTUMA, pelo sentimento de amor às tradições ancestrais e pela união familiar, que motivou nosso entrevistado nessa jornada de muito trabalho, que nos rende hoje o conhecimento de uma cultura rica em história e arte, música e dança.


Desejamos a toda a familia nossas maiores condolências, e que os mesmos anjos do Senhor que hoje se alegram com a companhia da saudosa "Vó Hermínia", sejam os mesmos a dar forças, alento à saudade e luz no caminho de seus entes queridos.


(Vó Hermínia Pequenina)





Para quem quiser conhecer mais sobre os produtos:
AG Percusión/Zyriab


Espero de coração que vocês tenham curtido essa entrevista tanto quanto gostei de fazê-la.

Tiro dela uma lição extremamente importante e valiosa: o sucesso não é louro de quem briga com a vida, a qualquer preço, sobre tudo e todos. Vitórias nesses termos são efêmeras. O sucesso é consequência de muito trabalho sim, mas ACIMA DE TUDO pautar sua mente, espírito e coração numa posição de humildade, mansietude e muito, mas muito respeito à ética e seus princípios morais.

Portanto amigos leitores, inspiremo-nos na trajetória de ALEJANDRO GONZALÉZ e nas vitórias da AG PERCUSIÓN. Tenho certeza que é uma história que está apenas começando...

OBRIGADA PELO CARINHO AO NOSSO BLOG, ALEJO!!! Que Deus te abençoe.

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